Quem me vê sempre parado, distante garante que eu não sei sambar
Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar
Eu vejo as pernas de louça da moça que passa e não posso pegar
há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá
E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar
E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem me dera gritar
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