11 de março de 2012

Sou meu próprio líder: ando em círculos, me equilibro entre dias e noites
Minha vida toda espera algo de mim, meio-sorriso, meia-lua, toda tarde

Minha papoula da Índia, minha flor da Tailândia és o que tenho de suave e me fazes tão mal

Ficou logo o que tinha ido embora, estou só um pouco cansado, não sei se isto termina logo
Meu joelho dói e não há nada a fazer agora

Para que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo até segunda ordem
Um outro agora vive minha vida, sei o que ele sonha, pensa e sente
Não é por incidência a minha indiferença, sou uma cópia do que faço
O que temos é o que nos resta e estamos querendo demais

Existe um descontrole, que corrompe e cresce, pode até ser, mais estou pronto prá mais uma
O que é que desvirtua e ensina? O que fizemos de nossas próprias vidas

O mecanismo da amizade, a matemática dos amantes, agora só artesanato: o resto são escombros

Mas, é claro que não vamos lhe fazer mal, nem é por isso que estamos aqui
Cada criança com seu próprio canivete, cada líder com seu próprio 38

Chega, vou mudar a minha vida, deixa o copo encher até a borda, que eu quero um dia de sol num copo d'água
(a montanha mágica da legião urbana)

Nenhum comentário:

Postar um comentário